Avaliação do governo Bolsonaro é pior do que momento mais difícil da Era Lula

A avaliação do governo Lula nunca foi tão ruim quanto a do governo Bolsonaro em apenas 9 meses, que supera até mesmo a avaliação de Dilma em Julho de 2013

Bolsonaro e Lula (Montagem)Créditos: Presidência da República / Ricardo Stuckert
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A última pesquisa da CNI/Ibope, que será divulgada na íntegra na tarde desta quarta-feira (25), aponta que o presidente Jair Bolsonaro possui uma avaliação Ruim/Péssimo mais alta do que o governo Lula no final de 2005, momento em que o caso Mensalão estava no seu auge. Enquanto Lula atingiu 32% de Ruim/Péssimo em dezembro daquele ano, Bolsonaro já possui 34% de avaliações negativas sobre seu governo. Os números apresentados pelo Ibope mostram um governo cada vez mais fragilizado em apenas 9 meses de mandato. Com 34% de Ruim/Péssimo (contra 31% de Bom/Ótimo), 50% de desaprovação (contra 44%) e 55% de pessoas que dizem não confiar no presidente (contra 42%), Bolsonaro tem índices piores do que o governo Lula durante a emergência do Mensalão e o governo Dilma durante as marchas de Junho de 2013. Entre janeiro de 2003 e dezembro de 2014, apenas o índice de desaprovação atingiu uma porcentagem maior. Em dezembro de 2005, Lula chegou a 52%, mas na pesquisa seguinte o cenário se inverteu e a aprovação voltou a subir. A desconfiança era de 53%. Apesar de possuir uma aprovação mais baixa, a avaliação do governo Lula nunca foi tão ruim quanto a do governo Bolsonaro em apenas 9 meses. Em setembro e dezembro de 2005, Lula teve 32% de Ruim/Péssimo e 29% de Bom/Ótimo, apresentando uma avaliação "menos negativa" do que o ex-capitão. Em julho de 2013, Dilma atingia as piores marcas de seu primeiro mandato devido a explosão de movimentos no mês de junho. No entanto, ainda era melhor do que Bolsonaro. 31% avaliavam o governo da ex-presidente como Ruim/Péssimo, outros 31% como Bom/Ótimo, 49% desaprovavam (contra 45%) e 50% não confiavam (contra 45%). Em setembro, o números melhoraram e as avaliações positivas superavam as negativas. Confira a série histórica da pesquisa CNI/Ibope