Bancada evangélica considera "imprevisível" aprovação de André Mendonça ao STF

Nos bastidores, o senador Davi Alcolumbre tem dito que tem votos “suficientes para derrotar o terrivelmente evangélico”

André Mendonça (Foto: Divulgação/Palácio do Planalto)
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Na fritura por meses, a aprovação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) no plenário do Senado é considerada "imprevisível", segundo a bancada evangélica.

Em jantar oferecido para André Mendonça, os parlamentares da bancada evangélica contabilizaram 43 votos favoráveis a Mendonça. Ou seja, apenas dois a mais do que o mínimo necessário para ter o seu nome aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Diante de tal cenário, a bancada evangélica segue mobilizada para tentar conquistar mais votos para Mendonça e garantir uma aprovação segura.

Oposição

Na outra ponta, os apoiadores de Mendonça contabilizam 49 votos contrários ao nome do ex-Advogado-Geral da União.

Por conta do placar apertado, apoiadores e detratores do nome de Mendonça consideram a situação "indefinida", visto que não é incomum senadores mudarem de voto.

Rodrigo Pacheco atravessa Alcolumbre e pode fazer sabatina de André Mendonça no plenário

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com o objetivo de dar um fim a fritura de André Mendonça imposta pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), pode realizar a sabatina do indicado de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) no plenário do Senado com a presença dos 81 senadores.

O nome de André Mendonça, ex-advogado Geral da União (AGU), foi anunciado pelo presidente Bolsonaro na primeira quinzena de julho. Mas, para que Mendonça assuma uma cadeira no STF ele tem que passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é presidida por Alcolumbre, que resolveu mostrar força diante do Palácio do Planalto e colocou o ex-AGU na fritura.

O clima está tão pesado entre centrão e bolsonaristas, que Alcolumbre tem dito aos colegas que tem “total convicção de que o terrivelmente evangélico indicado por Jair Bolsonaro será rejeitado pela maioria dos senadores”.

Com informações da Folha de S. Paulo