Os ativistas contra as obras iniciadas pelo 2º Batalhão de Engenharia do Exército em Cabrobó (PE), no segundo dia de ocupação, prepararam a terra para plantar alimentos e espécies nativas e retardar as obras. O número de acampados subiu, segundo a organização, para 1.500. Geddel diz que obra é irreversível
Os ativistas contra as obras iniciadas pelo 2º Batalhão de Engenharia do Exército em Cabrobó (PE), no segundo dia de ocupação, prepararam a terra para plantar alimentos e espécies nativas e retardar as obras. O número de acampados subiu, segundo a organização, para 1.500. Geddel diz que obra é irreversível
O bispo de Barra (BA), Dom Luiz Cappio, e o de Juazeiro (BA), dom José Geraldo, devem visitar o local nesta quinta-feira, 28, pela manhã. Cappio foi parar nas manchetes dos jornais em setembro e outubro de 2005 quando fez, na cidade pernambucana, uma greve de fome.
Os indígenas Truká reivindicam direito sobre a área da obra, na confluência de três fazendas: Trucutu, Toco Preto e Mãe Rosa, o que impediria seu prosseguimento. O Ministério alega que a fazenda foi desapropriada e, portanto, pertence à União.
Outros movimentos de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia e Ceará integram o movimento. A hipótese de ação de reintegração de posse só poderia ser expedida, dizem os manifestantes, pelo juiz federal responsável, da comarca de Salgueiro (PE).
O acampamento está em Cabrobó, no quilômetro 29 da rodovia BR 428.
Irreversível
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, declarou à imprensa que a decisão política de executar a obra de transposição das águas do São Francisco é irreversível. No entanto, ele teria enviado um interlocutor ao local. Geddel ironizou o fato de a ação não ter ocorrido durante sua visita ao local. Disse ainda que a ocupação não irá atrapalhar andamento das obras.
(Com Agência Brasil)