Bloco de carnaval em BH critica campanha de abstinência: "Quem deu, deu. Quem não deu, não Damares"

O deboche político no carnaval de 2020 já começou

Damares Alves - Foto: MMFDH
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O deboche político no Carnaval de 2020 já começou. Está sendo organizado para o carnaval de rua de Belo Horizonte (MG) o bloco "Quem deu, deu. Quem não deu, não Damares", devido à campanha de abstinência sexual que será lançada pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Os organizadores se utilizam do fato que a campanha será lançada em fevereiro para relacionar com o trocadilho. O bloco está marcado para o dia 22 de fevereiro, às 22h, e está programado para durar até às 5h. "Um bloco que foi criado pra você que após a abstinência sexual proposta por nossa DEUSA DAMARES, vai perder toda dignidade", diz a descrição do evento, que já começou a viralizar nas redes sociais. Abstinência 

O governo de Jair Bolsonaro começa, no dia 3 de fevereiro, a promover a primeira campanha de abstinência sexual como meio de evitar a gravidez na adolescência.

A campanha tem uma estratégia de marketing para trazer a público o que o governo chama de “iniciação sexual não precoce” e está sendo concebida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado pela ministra Damares Alves, junto com o Ministério da Saúde. O foco inicial nas redes sociais e o público alvo são jovens entre 10 a 18 anos.

A ideia é mostrar aos meninos e meninas os “benefícios” de adiar o início da vida sexual. Segundo o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José Silva Cunha, a argumentação não é feita a partir de elementos religiosos e sim em estudos científicos – que não são conhecidos e nem foram divulgados até o momento.