Boechat: "É um dia que eu preferia que não existisse"

"Não há o que comemorar quando a democracia caminha na anormalidade”, afirmou o jornalista sobre o impedimento de Dilma Rousseff.

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"Não há o que comemorar quando a democracia caminha na anormalidade”, afirmou o jornalista sobre o impedimento de Dilma Rousseff Por Portal Vermelho Ao vivo pelas redes sociais e no seu comentário matinal na rádio Bandeirantes, o jornalista Ricardo Boechat comentou sobre essa quarta-feira (31), dia em que o Senado Federal vota pelo afastamento definitivo da presidenta da República Dilma Roussff, eleita em outubro de 2014 pela maioria dos eleitores brasileiros. Hoje é “um dia triste”, “não há o que comemorar”, comentou. “Qualquer país que tenha que apear do poder um presidente eleito, em uma eleição confusa e cheia de mentiras dos dois lados, mas democrática e direta, qualquer país que caminhe para isso em uma ruptura democrática não pode ser um país que comemore esse tipo de situação”, disse. “O melhor é que as eleições decidam”, acrescentou Boechat, destacando que “a rigor não há o que comemorar quando a democracia caminha na anormalidade”. “É um dia que eu preferia que não existisse, porque é uma ruptura, um trauma”, afirmou. Sobre o presidente interino, Michel Temer, Boechat declarou que ele “não terá mais tempo nem álibi para justificar, com a discussão do impeachment, nenhum ato que deixe de praticar dentro daqueles que o país espere que pratique”. “Acabou o álibi para Temer e seus aliados. É hora dessa gente mostrar a que veio, mostrar que razões motivaram essa conspiração, essa luta política da qual hoje pode sair e sairá vitoriosa”, afirmou.