Bolívia: oposição pede intervenção militar contra Evo Morales

Como resposta, Morales afirmou que se reunirá com sindicalistas e funcionários para criar um plano contra a declaração do oposicionista

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A oposição ao presidente Evo Morales, através da figura de Luis Fernando Camacho, conclamou os militares a intervir na crise política em que se encontra a Bolívia. A tensão no país é imensa, principalmente após a contestada apuração das eleições que consagraram Morales mais uma vez. Em comício no sábado (2), Camacho, que é chefe líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, avisou a Morales que renuncie ao cargo em 48 horas. O presidente foi eleito em 20 de outubro para o quarto mandato. O governo boliviano ficou em alerta após o discurso de Camacho. Como resposta, Morales afirmou que se reunirá com sindicalistas e funcionários para criar um plano contra a declaração do oposicionista. O ministro de Governo, Carlos Romero, destacou que "aquele que pede intervenção militar está pedindo sangue e morte". Dois manifestantes já morreram e mais 140 pessoas ficaram feridas após o anúncio da vitória de Morales. A oposição boliviana luta pela anulação do resultado e a convocação de outra eleição, pois acusa Morales de manipular a votação. Durante a apuração, o sistema de contagem ficou paralisado por 20 horas. Além disso, ao ser retomado, apresentou uma mudança inexplicável, que foi questionado pela OEA (Organização dos Estados Americanos).