Bolívia: possível sucessor de Evo é sindicalista e lidera protestos no país

Andrónico Rodriguez é vice-presidente do sindicato dos cocaleiros há um ano e já é figura de destaque.

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Após notícia de impedimento da disputa de Evo Morales nas eleições da Bolívia, Andrónico Rodriguez surge como possível nome para disputar o pleito. O sindicalista de apenas 30 anos é uma força política em ascensão. Líder dos protestos contra o golpe na Bolívia, sob o governo interino de Jeanine Añez, ele é vice-presidente das seis Federações de Cocaleiros do Trópico de Cochabamba, presidida por Evo. Ele já apareceu em eventos ao lado de Evo e é filho de um dirigente sindical e estudou ciência política. Apesar das especulações, Rodriguez declarou que "nada está decidido neste momento", em entrevista à Folha de S. Paulo nesta quinta (21). "Respeito as decisões orgânicas que serão tomadas pelo partido [MAS, Movimento ao Socialismo, sigla de Evo]. Não gostaria de assumir com um país tão tenso, mas a resolução não cabe a mim. Nada está decidido neste momento", disse sobre sua possível candidatura. Para ele, Evo deveria voltar a presidir o país, mas reconhece que não há condições no momento. "Nunca aceitamos a renúncia de Evo Morales. Queremos que ele termine sua gestão, que vai até 22 de janeiro de 2020, como manda a Constituição. Evo foi colocado entre a espada e a parede. Foi tudo planejado. Forçou-se sua renúncia da maneira mais maliciosa, usaram a institucionalidade para tirar do poder um dos presidentes mais democráticos e de maior aceitação popular. Com todo o aparato do Estado —policiais, militares, Ministério Público—, converteram uma presidente ilegítima em constitucional. Venceu a mentira e o dinheiro. É muito preocupante."  

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