O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha certeza de que ia reunir, pelo menos, uns 100 mil motoqueiros em São Paulo, mas, ao término do evento não foram mais que 5 mil.
Imagens que circulam pelas redes mostram quilômetros de motos seguindo o presidente Bolsonaro, porém, com grandes espaços entre os motoqueiros, quando reunidos eram um pequeno grupo.
Quem também calculou baixa adesão à motociata do Bolsonaro foi a Band News, que apontou a participação de cerca de 2 mil motoqueiros no ato.
Por sua vez, a Folha de S. Paulo acredita que estiveram presentes no ato 12 mil motoqueiros, até agora, o número mais otimista.
A motociata terminou em frente ao Parque Ibirapuera, onde o presidente discursou e voltou a defender a cloroquina e acusar os governos estaduais de supernotificação de casos de Covid-19 para obter mais dinheiro do governo federal.
Cada vez mais desesperado com o aumento da rejeição ao seu governo, o presidente Jair Bolsonaro esperava mostrar força com o ato de hoje, mas, ele confirma uma tendência que as pesquisas têm apontado: o apoio à sua figura tem ficado cada vez mais restrito ao “bolsonarismo raiz”.
A motociata de hoje aconteceu quinze dias após os atos organizados pelos movimentos de oposição ao presidente. Estes sim reuniram milhares de pessoas em todo o Brasil. Na cidade de São Paulo, os atos contra o governo Bolsonaro reuniram mais de 100 mil pessoas e em outras localidades milhares também foram às ruas contra o presidente.
Cabe destacar também a cobertura que a moticiata de Bolsonaro teve da imprensa tradicional que chegaram acompanhar de helicóptero a pequena motocada de hoje, algo que não aconteceu com os atos do dia 29 de maio, que ganharam parcas matérias e foram para a nota de rodapé da imprensa tradicional.
Outra questão, é que a moticiata de Bolsonaro contou com apoio de R$ 75 mil da prefeitura de SP e com o empenho de R$ 1,2 milhão do governo estadual para garantir a segurança do evento.