Bolsonaro deve recriar Ministério da Segurança Pública para abrigar amigo condenado por corrupção

Amigo de Bolsonaro desde 1980, o ex-deputado Alberto Fraga, que liderou a bancada da bala, criticou em entrevista recente o ministro Sergio Moro dizendo que ele não entende nada de Segurança Pública

Sergio Moro, Alberto Fraga e Bolsonaro (Montagem)
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Considerado o 23º ministro de Jair Bolsonaro, o ex-deputado Alberto Fraga, que foi líder da bancada da bala, deve ser oficializado no governo com a recriação do Ministério da Segurança Pública, anunciado na manhã desta quinta-feira (23) pelo presidente. “Sou amigo pessoal dele (Bolsonaro). E farei o que ele me pedir”, disse Fraga, que já foi condenado em primeira instância a quatro anos, dois meses e 20 dias de prisão, em regime semiaberto, por corrupção, ao site Metrópoles. Amigo de Bolsonaro desde a década de 80, quando os dois se conheceram na Escola de Educação Física do Exército, Fraga é crítico contumaz do ministro da Justiça, Sergio Moro, que também tem como atribuição em seu "super ministério" a Segurança Pública. Em recente entrevista à Crusoé, do grupo Antagonista, Fraga criticou abertamente Moro, dizendo que ele não entende nada de Segurança Pública, justamente a área que ele dever contemplado no governo. “O Moro pode conhecer muito de justiça, mas não tem conhecimento nenhum sobre segurança pública, com todo o respeito. Seria importante termos alguém com mais vivência na área criminal, com mais bagagem. O presidente tem ouvido todos os argumentos, mas acha que não é o momento de mexer nisso”, disse Fraga, coronel reformado da Polícia Militar de Brasília, que integra a “turma da maçaneta”, que entra no gabinete de Bolsonaro sem bater à porta.