De férias no Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul (SC), o presidente Jair Bolsonaro, ao se encontrar com apoiadores, defendeu a medida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, que flexibilizou a Lei da Ficha da Limpa.
"O que ele definiu foi o prazo de inelegibilidade, que estava completamente em aberto, apenas após a condenação. O cara estava dez anos respondendo. Quem erra, tem que pagar, mas não pode pagar ad eternum", disse Bolsonaro.
Bolsonaro também criticou a maneira como a decisão do ministro foi tratada e afirmou que "o pessoal fica na maldade" e que, "quem está reclamando muito tem que ter coragem" para entrar na vida pública e política.
O ministro Nunes Marques respondeu a um pedido de Ação Direta de inconstitucionalidade do PDT. Para a sigla, o texto da Lei da Ficha Limpa não determina o prazo de inelegibilidade. Pois, o agente se torna inelegível com a condenação por órgão colegiado, período que vai até o trânsito em julgado; posteriormente, segue sem direitos políticos enquanto cumpre a pena, como definido pelo artigo 15, III, da Constituição Federal; por fim, segue inelegível por oito anos depois do cumprimento da pena, informa O Globo.
A decisão do ministro é liminar e deve ir ao plenário da Corte.
Encontro com Luciano Hang e Ratinho
O presidente Bolsonaro também se encontrou com empresários de Santa Catarina, entre eles, o Luciano Hang, dono da Havan, e o apresentador de TV, Ratinho.
Como de costume, as regras de distanciamento social e o uso de máscara para evitar a propagação do coronavírus foram desrespeitadas por todos os presentes.
Além do presidente Bolsonaro, também estiveram presentes o ministro das Comunicações Fabio Farias, o senador Jorginho Mello (PL-SC), o presidente da Soamar-SC, Ernesto Thiago e o apresentador Ratinho.