Bolsonaro insiste em recrutar militares da reserva para o INSS: "Já assinei o decreto"

“Por que militar da reserva? Porque a legislação garante. Se contratar civis, para mandar embora... entra na Justiça, direito trabalhista, complica o negócio", disse Bolsonaro

Jair Bolsonaro durante reunia?o com Secreta?rios Estaduais de Seguranc?a Pu?blica (Foto: Carolina Antunes/PR)
Escrito en POLÍTICA el
Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (23) que já assinou o decreto para contratar cerca de 7 mil militares da reserva para tentar conter a crise de atendimento nos postos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que acumula filas intermináveis em razão da corrida à aposentadoria provocada pela reforma da Previdência. "Já assinei o decreto. Ontem eu mandei não publicar. Está faltando um pequeno ajuste junto com o TCU. Se o TCU der o sinal verde, publica com a minha assinatura. Caso contrário, publica amanhã com a assinatura do [vice-presidente, Hamilton] Mourão", disse. A contratação de militares da reserva tem recebido muitas críticas por privilegiar a caserna e deixar de lado milhares de trabalhadores que buscam recolocação no mercado. Segundo Bolsonaro, a medida está prevista na legislação e exige menos burocracia que a contratação de civis. “Por que militar da reserva? Porque a legislação garante. Se contratar civis, para mandar embora... entra na Justiça, direito trabalhista, complica o negócio. Militar é fácil, eu contrato hoje e demito amanhã sem problema nenhum, essa é a facilidade. E o pessoal está clamando por aposentadoria. Não é privilegiar militar, até porque não é convocação, é um convite, é a facilidade que nós temos desse tipo de mão de obra”. A contratação dos militares será voluntária, sem haver convocação. Eles serão treinados em fevereiro e em março, devendo começar a trabalhar nos postos em abril, recebendo adicional de 30% na reserva remunerada.