Bolsonaro planeja dar "pedalada" e ainda usar dinheiro do Fundeb para bancar Renda Cidadã

TCU e Congresso veem tentativa de drible no teto com a limitação dos gastos de precatórios para financiar programa que substituirá o Bolsa Família

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil) Créditos: Presidência da República
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O governo Jair Bolsonaro planeja financiar o Renda Cidadã, programa criado para substituir o Bolsa Família com boa dose de aspirações eleitoreiras, com limitação dos gastos de precatórios e com recursos do Fundeb (o fundo para educação básica).

Os mecanismos na proposta anunciada nesta segunda-feira (28) receberam críticas e foram vistos como tentativa de driblar o teto de gastos, no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Congresso, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

A solução é encarada como “contabilidade criativa” e uma "pedalada" até entre alguns assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Pela proposta apresentada, o governo federal prevê limitar a 2% da receita corrente líquida o gasto com precatórios (ordem para pagamento de dívidas de órgãos públicos federais). O que sobrasse, até R$ 55 bilhões, seria usado para financiar o Renda Cidadã. Além disso, o governo quer usar 5% dos recursos novos do Fundeb.