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O procedimento cirúrgico pelo qual o presidente Jair Bolsonaro passará no próximo domingo (8) pode ser usado pela equipe do presidente para evitar que ele se exponha na Assembleia Geral da ONU, prevista para o dia 24 de setembro. A cirurgia, que será realizada no dia 8, exige uma recuperação de 10 dias, que pode ser expandida para proteger o ex-capitão.
Nas contas do colunista do O Globo Lauro Jardim, Jair Bolsonaro poderia comparecer à ONU, mas pode adotar uma estratégia semelhante a das eleições de 2018, quando usou o episódio da facada para faltar a todos os debates do segundo turno, se blindando de uma discussão frente a frente com o segundo colocado no pleito, Fernando Haddad (PT).
O Brasil, historicamente, é o país que abre os trabalhos da Assembleia Geral e essa seria a maior exposição de Bolsonaro perante líderes mundiais, exatamente em um momento em que o governo do ex-capitão é criticado pela política ambiental, considerada complacente com a devastação da Floresta Amazônica. A crise diplomática gerada pelo aumento do desmatamento na floresta afetou diretamente a relação com países como França e Alemanha.
Logo após o golpe de 2016, o então presidente Michel Temer foi alvo de protestos durante a abertura da Assembleia Geral. Líderes se retiraram durante a fala do emedebista. Com Bolsonaro, a reação pode ser mais forte.