Bolsonaro se antecipa à investigação e declara inocência de Wajngarten: "Não é criminoso"

Um dia após abertura de inquérito pela Polícia Federal, o presidente insiste em defender o chefe da Secom. "O Wajngarten continua mais firme do que nunca", disse

Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação, e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
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O presidente Jair Bolsonaro declarou na manhã desta quarta-feira (5) que o chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo, Fabio Wajngarten, "não é criminoso" e "continua mais firme do que nunca" no cargo. Com isso, o presidente sustenta a total inocência de Wajngarten antes mesmo do resultado final das investigações da Polícia Federal, que abriu um inquérito contra ele nesta terça (4). Wajngarten é investigado por supostas práticas de corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa, que consiste em patrocínio de interesses privados na administração pública. Questionado sobre o tema na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que "não foi a PF que abriu" o inquérito. "O MP pediu que ele fosse investigado. [É] completamente diferente do que você está falando, dá a entender que ele é um criminoso. Não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele", disse. "Está aí um mês batendo nele. O Wajngarten continua mais firme do que nunca", afirmou o presidente a um jornalista. O inquérito da Polícia Federal veio como resposta a um pedido do Ministério Público Federal, feito na semana passada, para que investigasse práticas ilegais de Wajngarten. Dono da FW Comunicação, o secretario de Comunicação da Presidência privilegiou seus clientes com verbas publicitárias do governo Bolsonaro desde que chegou, em abril, ao cargo. Ele privilegiou Record, Band e SBT com R$ 13 milhões dos R$ 36,7 milhões gastos na segunda etapa da propaganda – a primeira, antes dele assumir a secretaria, já havia consumido R$ 11,5 milhões.