Bolsonaro se irrita com o Exército e revoga portarias sobre rastreamento e importação de armas

A medida foi feita em conluio com o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que atua como lobista para empresas estrangeiras de armamentos e publicou tuíte dois minutos depois do pai

Jair e Eduardo Bolsonaro (Montagem)
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Em meio à pandemia do coronavírus, Jair Bolsonaro anunciou via Twitter que determinou a revogação de três portarias do do Comando Logístico (Colog) do Exército que determina maior controle sobre importação, rastreamento e identificação de armas de fogo.

"Determinei a revogação das Portarias COLOG Nº 46, 60 e 61, de março de 2020, que tratam do rastreamento, identificação e marcação de armas, munições e demais produtos controlados por não se adequarem às minhas diretrizes definidas em decretos", tuitou Bolsonaro, após se irritar com o Exército, considerando que suas ordens foram desobedecidas, segundo portal ligado às Forças Armadas.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1251182870556741632

A medida foi feita em conluio com o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que atua como lobista para empresas estrangeiras de armamentos e publicou tuíte dois minutos depois do pai.

"Atiradores e CACs sempre apoiaram Bolsonaro para que tenhamos pela 1ª vez um Presidente não desarmamentista, é inadmissível que COLOG faça portarias restringindo a importação. A quem isso interessa? Certamente não ao Presidente, que determinou a revogação destas portarias", tuitou Eduardo, prometendo "mais medidas".

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1251183233976479749

A portaria de nº 46 estabelcia o "Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército (SisNaR) que tem por finalidade acompanhar e rastrear os Produtos Controlados pelo Exército (PCE) em todo o território nacional".

Na nº 60, eram estabelecidos os "dispositivos de segurança, identificação e marcação das armas de fogo fabricadas no país, exportadas ou importadas. A 61, "dispõe sobre marcação de embalagens e cartuchos de munição".