A mando de Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, procurou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para articular um acordo com o presidente no estado paulista.
A proposta apresentada para Alckmin era a de que ele mantivesse a candidatura ao governo de SP. Dessa forma, Bolsonaro não lançaria um candidato no estado e trabalharia para migrar os votos de seus eleitores para o ex-governador.
Para o presidente, com tal costura um objetivo em comum poderia ser alcançado: derrotar o grupo de João Doria, que terá como candidato ao Palácio dos Bandeirantes Rodrigo Garcia (PSDB), atual vice-governador.
Além disso, na proposta Alckmin não precisaria declarar apoio ou dividir palanque com Bolsonaro e o presidente também não declararia voto em Alckmin.
Porém, para selar o acordo a chapa de Alckmin teria de ter um candidato ao Senado bolsonarista, pois, com isso o presidente teria palanque no estado.
Neste cenário, Geraldo Alckmin poderia sair candidato pelo União Brasil (legenda resultante da fusão do DEM com o PSL) em uma aliança com o PL, que abrigaria o candidato ao Senado.
Mas, nos bastidores, o presidente também articula o nome de Freitas para disputar o governo de SP em uma chapa com Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, para o Senado.
Filiação ao PL e palanque paulista
O presidente Jair Bolsonaro deve se filiar no PL no próximo dia 30 (terça-feira) e para tanto articula com Waldemar Costa Neto, presidente do partido, a sua chapa e palanques estaduais.
Para o governo do estado de São Paulo está previsto o lançamento do nome do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas. A chapa paulista também pode ter o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, como candidato ao Senado.
Todavia, Tarcísio Freitas ainda não disse “sim”, mas, como o convite partiu do presidente Bolsonaro, o ministro deve topar a empreitada.
Por sua vez, Ricardo Salles afirmou que, se Freitas for o candidato, ele topa disputar o Senado, mas, caso o ministro de Infraestrutura não concorra ao Palácio dos Bandeirantes, prefere concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Com informações da Folha de S. Paulo