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O governo Jair Bolsonaro, por meio do Banco Central, vai gastar cerca de R$ 11 milhões em um programa para capacitar professores das escolas públicas a ensinar seus alunos a poupar dinheiro e mostrar que mesmo pessoas de baixa renda podem ter "disciplina" para desenvolverem o hábito.
Segundo informações de Antonio Temóteo, no portal Uol nesta segunda-feira (13), o programa, chamado de Aprender Valor, será desenvolvido inicialmente, em 2020, em seis estados e no distrito federal, com o objetivo de educar financeiramente 22 milhões de alunos até 2022.
O Banco Central é presidido por Roberto Campos Neto, que foi indicado por Paulo Guedes a Bolsonaro para o cargo. Economista e ex-executivo do banco Santander, ele é neto do economista Roberto Campos, um dos principais nomes do pensamento liberal e defensor do Estado mínimo.
As aulas serão feitas de maneira transversal em disciplinas como português, matemática, história e geografia para estudantes do 1º ao 9º de escolas públicas.
O gasto, de R$ 11 milhões do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça, será usado na contratação do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) que vai desenvolver uma plataforma online de capacitação dos professores e diretores, que serão os primeiros a aprender o método.
"Para poder ensinar educação financeira é preciso que o professor esteja confortável com a sua vida financeira e tenha esses conhecimentos. Vamos capacitá-los para aplicar o conteúdo em sala de aula", disse Luis Mansur, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC.
Segundo ele, os conceitos de poupança serão feitos sobre três aspectos: Uma poupança de curto prazo, para emergências; outra de médio prazo, para realizar sonhos de consumo; e uma terceira, a longo prazo, para a aposentadoria.