Bolsonaro vai tentar explicar 4 mil mortes por dia pela Covid-19 a banqueiros e PIB paulista

Em jantar em mansão de Washington Cinel, da empresa de segurança Gocil, empresários, banqueiros e representantes da mídia liberal vão pressionar Bolsonaro a colocar em pauta a agenda liberal em pleno pico da pandemia

Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR)
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Um dia depois que o Brasil passou a marca dos 4 mil mortos por dia pela Covid-19, Jair Bolsonaro (Sem partido) vai tentar explicar o genocídio que acontece em solo brasileiro durante a pandemia a banqueiros, empresários da mídia aliada e parte do PIB paulista em jantar na mansão do empresário Washington Cinel na noite desta quarta-feira (7).

Na mansão do empresário, que já pertenceu à família Ermirio de Moraes e foi arrematada em um leilão - o hoje inimigo do presidente, João Doria (PSDB), foi lançado candidato às prévias para a disputa da Prefeitura de São Paulo, que deixou para se candidatar ao governo do Estado.

Dono da Gocil, empresa de serviços de segurança, Cinel reunirá no regabofe os banqueiros David Safra, André Esteves, do BTG, e Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, e empresários e executivos como Alberto Saraiva (Habib's), Flavio Rocha (Guararapes), Alberto Leite (F5 Securities), Claudio Lottenberg (Hospital Albert Einstein), José Isaac Peres (Multiplan) e Rubens Ometto (Cosan).

Além dos empresários, o jantar ainda contará com a presença de representantes da mídia liberal aliada ao governo como João Carlos Saad (Band), Tutinha Carvalho (Jovem Pan) e José Roberto Maciel (SBT).

Além de ouvirem explicações de Bolsonaro sobre as mais de 337 mil mortes pela Covid-19, os empresários vão cobrar a manutenção do teto de gastos, além das reformas tributária e administrativa, que fazem parte da pauta neoliberal do governo.