Bolsa derrete e Bolsonaro reafirma: "Não vamos furar o teto"

A declaração do presidente acontece após Paulo Guedes afirmar que vai “pedir licença” para gastar R$ 30 bi acima do teto

Jair Bolsonaro em ato de mais uma pauta do desmonte das leis trabalhistas (Foto: Alan Santos/PR)
Escrito en ECONOMIA el

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar nesta quinta-feira (21) que o Auxílio Brasil, cujo valor será de R$ 400, não vai furar o "teto de gastos".

"O que nós decidimos? Passar todos para no mínimo 400 reais. Isso tudo com responsabilidade. Ninguém está furando o teto (de gastos)", declarou o presidente durante evento em São João de Piranhas (PB), para inaugurar trecho da transposição do Rio de São Francisco.

Esta é a segunda declaração do presidente sobre o teto de gastos em menos de 24h. Isso se deu pelo fato de que nesta quarta-feira (20) o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que terá de "pedir licença" para gastar R$ 30 bilhões fora do teto de gastos, regra que limita os gatos ligado à inflação.

"Seria uma antecipação da revisão do teto de gastos que está (prevista) para 2026 ou se, ao contrário, mantém o teto, mas por outro lado pede um 'waiver', pede uma licença para gastar essa camada temporária de proteção", disse Guedes durante evento com o setor da construção civil.

A declaração de Paulo Guedes fez com que o dólar fosse comercializado em R$ 5,67 e que a Ibovespa operasse em queda de mais de 2% nesta quarta.

Estes dois indicadores teriam levado o presidente Bolsonaro voltar a defender o teto de gastos para "acalmar" o mercado financeiro.

“Ninguém vai furar o teto”

Durante evento do projeto Jornadas das Águas, na cidade de Russas (CE), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, nesta quarta-feira (20), que o programa “Auxílio Brasil”, cujo valor será de R$ 400, não vai furar o teto de gastos.

“Temos a responsabilidade de fazer com esses recursos do próprio orçamento da União. Ninguém vai furar teto. Ninguém vai fazer estripulia no orçamento, mas seria extremamente injusto deixar cerca de 17 milhões de pessoas com valor do Bolsa Família”, disse o presidente em tom de crítica ao programa dos governos petistas.

Com informações d’O Globo e UOL.