Boulos diz que denúncia do MPF não vai intimidar o MTST

O líder do movimento considerou a ação um "nova farsa do triplex"

Guilherme Boulos - Foto: Reprodução
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O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, comentou nesta quarta-feira (29) sobre a denúncia apresentada pelo procurador Ronaldo Ruffo Bartolomazi, do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, contra ele, o ex-presidente Lula e outros três integrantes do MTST. Para ele, a ação é uma tentativa de criminalização dos movimentos sociais. "Acabei de ser informado que o MPF denunciou a mim, a Lula e a 3 militantes do MTST pela ocupação do triplex do Guarujá, sugerindo pena de prisão de até 2 anos. É a nova farsa do triplex. Que fique claro: a criminalização das lutas não vai nos intimidar nem nos calar!", tuitou o candidato à presidência pelo PSOL nas eleições de 2018. O MPF alega que Lula estimulou a ocupação – considerada uma invasão pela promotoria – do Triplex do Guarujá ao dizer, em discurso feito em janeiro de 2018, que teria pedido “para o Guilherme Boulos mandar o pessoal dele ocupar”. Cerca de 30 manifestantes ingressaram no apartamento. Embora o imóvel seja atribuído ao ex-presidente pelo próprio MP, a denúncia aponta que houve esbulho possessório, quando se invade “terreno ou edifício alheio". Na época, o coordenador do MTST, Josué Rocha, disse que a ocupação teve como objetivo “denunciar a farsa do processo que envolve o presidente Lula", que havia sido preso uma semana antes. “Nós queremos provar isso na prática. Se o triplex é dele, então nós podemos ficar. Se não é do Lula, por que ele está preso?”, disse. Questionado pelo Conjur, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, evitou comentar sobre a denúncia e apenas disse que não teve acesso a ela.