Boulos rebate Skaf: “Cinismo é pouco pra quem é o articulador do partido do Bolsonaro em SP”

Ex-presidenciável do PSOL criticou declaração do comandante da Fiesp, dizendo que sua gestão à frente da entidade não é partidária

Guilherme Boulos - Foto: Reprodução
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O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ex-presidenciável, Guilherme Boulos (PSOL), criticou, nesta quinta-feira (23), declarações feitas por Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, Skaf disse que sua gestão à frente da Fiesp não é partidária, o que provocou a reação de Boulos. “Paulo Skaf, aquele do pato amarelo, publicou artigo hoje dizendo que sua gestão na Fiesp é política, mas ‘não partidária’. Cinismo é pouco pra quem é o articulador do novo partido de Bolsonaro em SP. Skaf representa a pior tradição da elite amante do autoritarismo”, tuitou. O coordenador do MTST fez mais uma postagem, em seguida, em tom de alerta: “A construção de uma unidade contra o fascismo no Brasil é urgente e necessária: como um movimento na sociedade, que não seja confundido com estranhos arranjos eleitorais. E pra isso não basta a disposição da esquerda. É preciso que os democratas se apresentem, enquanto há tempo”. Almoço Paulo Skaf convidou dirigentes de sindicatos e empresários ligados à Fiesp para um almoço, no próximo dia 3, com Jair Bolsonaro. O evento será na própria sede da federação e vem como tentativa de amenizar críticas de alguns empresários contra Skaf, que o acusam de “conluio” com o presidente. As críticas contra Skaf vieram do ex-presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, em conjunto com Pedro Passos, ex-presidente do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) e conselheiro da Natura Cosméticos, e Pedro Wongtschowski, atual presidente do Iedi e conselheiro da Ultrapar.