Brasil terá 1º programa de melhoramento genético de cannabis em Viçosa

Serão desenvolvidas quatro variedades para uso medicinal e industrial

(Foto: Dionisvera/Depositphotos)
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Em parceria com a start up Adwa, a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, anunciou, nesta quarta-feira (25), a formalização do primeiro programa de melhoramento genético de cannabis do Brasil. Trata-se de um acordo de parceria para pesquisa e inovação que será desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Fitotecnia do Departamento de Agronomia, pelo pesquisador Sergio Barbosa Ferreira Rocha.

A pesquisa foi autorizada pela Justiça Federal em fevereiro deste ano, mas somente nesta quarta (25) o contrato de parceria entre a universidade e a startup foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o advogado Rodrigo Mesquita, que trabalhou para que a iniciativa fosse aprovada pela justiça, "hoje se inicia uma nova fase na indústria brasileira da cannabis. Eis nossa contribuição: fornecer tecnologia para sua cadeia produtiva e assim possibilitar a máxima fruição dos direitos humanos à saúde, à vida digna e à participação no progresso científico".

A lei 11.343, a chamada Lei de Drogas,  abriu caminho para o plantio de cannabis para uso medicinal e científico, mas pouco se avançou na regulamentação e é preciso ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No caso de Viçosa, o órgão se declarou sem competência para a autorização e foi necessário entrar com ação judicial.

No estudo, serão desenvolvidas quatro variedades para uso medicinal e industrial a partir de genéticas fornecidas pela empresa colombiana Cannadrop, de acordo com informações da Adwa.