Brasileiros ricos em Portugal exigem apartamentos com "dependências de empregados"

Empresa portuguesas estão tendo que se adaptar aos costumes da elite do Brasil

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Depois de elegeram um presidente ultra-conservador e ver a economia cada vez pior, membros da elite brasileira estão deixando o país e indo ficar residência em Portugal. Na bagagem, levam para a nova moradora costumes e privilégios que sempre tiveram no Brasil. Com isso, empresas portuguesas estão tendo que se adaptar para suprir os hábitos que os ricos brasileiros estão importando para além-mar. Um exemplo é que na Europa nunca houve um cômodo chamado quarto de empregada. "Estamos atentos ao brasileiro e, em uma unidade com três suítes, uma pode ser para o empregado doméstico, o que não é comum em Portugal. Vimos que valia a pena arriscar e já fizemos todos os quartos com suíte, uma particularidade dos brasileiros. Também incorporamos utilitários de higiene, como ducha e bidê, e o tanque", afirmou Gilberto Jordan, diretor executivo de um empresa de empreendimentos voltada para milionários, em entrevista ao jornal O Globo. Um levantamento mostra que em 2019, 176 brasileiros transferiram R$ 617,6 milhões para a aquisição de vistos gold. Esta operação está ligada à compra de imóveis de alto padrão, que custam mais de R$ 2 milhões, o valor mínimo para ter concessão do governo português para que estrangeiros tenham esse tipo de residência. Os paulistas são responsáveis por 50% dos imóveis adquiridos por brasileiros em Portugal. Um detalhe que chama a atenção dos portugueses é o fato dos brasileiros sempre pediram algum tipo de alteração no imóvel. "Os brasileiros estão mais habituados que os portugueses a áreas de serviço equipadas e dependências de empregados. E preferem condomínios com segurança e serviços comerciais", diz Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal.