Bruno Covas e a mobilidade urbana (parte 6): Prefeitura estuda extinção de cobradores em São Paulo

No sexto e último artigo da série, o sociólogo Américo Sampaio analisa: “A capital paulista continua a assistir os desmandos e retrocessos de Bruno Covas com relação à mobilidade urbana. Por esse caminho, a cidade só tende a piorar”

Foto: Agência Brasil
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A Prefeitura parece não estar satisfeita com todos os retrocessos empreendidos na política de mobilidade urbana da cidade de São Paulo. Vem mais coisa por aí! Um dos exemplos do que ainda está por vir pode ser pressentido na Carta Circular, divulgada pela SPTrans no dia 11 de junho, às empresas de ônibus da capital, na qual estabelece a orientação para que os veículos com mais de 12 metros e não articulados não devem mais ter o assento para o cobrador nem a caixa de cobrança a partir de 12 de setembro. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo A notícia ainda não foi totalmente oficializada pela Prefeitura, mas os rumores apontam para a veracidade da informação. Ao que tudo indica, a gestão municipal está orientando as empresas a adquirirem veículos com esse novo layout. A medida já preocupa usuários, especialistas, movimentos sociais e sindicatos. Este último, representado pelo Sindmotoristas, entidade que representa os trabalhadores dos ônibus na capital, se pronunciou publicamente alegando preocupação com a medida, e já antecipando a disputa a ser feita. “Não vamos aceitar a extinção dos cobradores. Não são profissionais que apenas cobram a tarifa, são agentes sociais, que ajudam no embarque de idosos e deficientes, orientam passageiros e auxiliam o motorista”, explicou o secretário-geral da entidade, Francisco Xavier, o Chiquinho, em entrevista à Rádio Brasil Atual. O sindicato deve pedir reunião com a prefeitura para discutir a medida, e a capital paulista continua a assistir os desmandos e retrocessos de Bruno Covas com relação à mobilidade urbana. Por esse caminho, a cidade só tende a piorar.
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.