Campanha da ONU usa pesquisas do Google para denunciar homofobia

Peças veiculadas pela organização utilizam o recurso autocompletar do mecanismo de busca para mostrar o pensamento homofóbico na internet

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Peças veiculadas pela organização utilizam o recurso autocompletar do mecanismo de busca para mostrar o pensamento homofóbico na internet Por Redação Como parte da campanha "Free & Equal", lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em julho deste ano, peças de propaganda estão sendo veiculadas desde o fim de outubro simulando pesquisas do Google a respeito do que as pessoas pensam sobre a comunidade LGBT. Nos anúncios, que mostram pessoas com as bocas tampadas pelo mecanismo de busca, aparecem frases elaboradas pela função autocompletar. Quando se digita, por exemplo, a frase “gays should” (gays devem), aparecem orações como “be killed” (ser mortos), “die” (morrer) e “not adopt” (não adotar). Já se a frase no campo de busca é “Os gays precisam”, o site sugere que “Os gays precisam calar a boca”. As peças se baseiam em outra campanha da ONU, bolada pela Memac Ogilvy & Mather Dubai, e que também utilizava pesquisas genuínas do Google para mostrar a prevalência generalizada de machismo e discriminação contra as mulheres. "Quando nos deparamos com essas pesquisas, ficamos chocados com o quão negativas eram e decidimos que tínhamos que fazer algo", diz Christopher Hunt, diretor da equipe criativa da arte, sobre as peças criadas para combater o sexismo. O recurso de autocompletar do Google funciona pela frequência com determinada pesquisa é feita, ou seja, as sugestões do mecanismo de busca aparecem por conta do número de vezes que determinada frase foi digitada.