Um ex-capitão do exército chileno, Pinochet Molina - como é mais conhecido - foi expulso das forças armadas após realizar um discurso durante o funeral de Augusto Pinochet, em 2006, onde ele exaltou a campanha de seu avô para "derrotar o marxismo" no Chile.
Muitos no país acreditam que essa decisão em lançar um novo partidos seria uma "última tentativa"de continuar com o legado do ditador. O senador Alejandro Navarro disse recentemente, em entrevista à CNN, que este seria "um partido destinado a ser minoria e quase todos fascistas".
Mas enquanto o proto-partido reconhece os abusos contra cidadãos pelos militares, este nunca utiliza a palavra "ditadura", e sim "governo militar". Além de condenar os julgamentos e prisões de oficiais, nos anos seguintes, pelo assassinato e desaparecimento de mais de 3 mil chilenos durante os 17 anos do regime de Pinochet, como "caça às bruxas" ou "vendetta" (vingança).
Inclusive, um destes oficiais da velha guarda foi preso na última semana de outubro: Cristian Labbé, ex-guarda-costas pessoal do ditador, acusado de ter participado de uma conspiração para sequestrar e assassinar 13 prisioneiros políticos.
Enquanto o partido não é oficialmente formalizado, o neto Pinochet Molina planeja uma festa de aniversário em homenagem a seu avô, que completaria 99 anos em 25 de novembro. Enquanto o local para a celebração permanece em segredo, já se sabe que ele convidou centenas de pessoas para o evento. O recém-trancafiado Cristian Labbé foi um deles.
Foto de Capa: telemundo33.com