Enquanto pede trégua em artigo, Ciro Gomes ataca Lula nas redes sociais

Em texto na Carta Capital, Ciro Gomes pede trégua "com todos os democratas", menos com o PT

Ciro Gomes Foto: Reprodução/Twitter/Arquivo
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O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, publicou um artigo na revista Carta Capital onde retoma a tese de "trégua entre os democratas", a mesma que apresentou após as manifestações de 2 de outubro.

Contudo, Ciro Gomes equivale PT e MBL em seu texto e afirma que o Partido dos Trabalhadores atuou para desmobilizar os atos. " O PT trabalhou abertamente contra a mobilização dos protestos do dia 12, e agora o MBL esteve ausente dos protestos de 2 de outubro", escreve o pedetista.

Ao falar da trégua propriamente dita, Gomes afirma que vai continuar "criticando não só o PT, mas projetos e ideias com os quais não concordo em todos os partidos. A trégua é nos atos e pelos atos, na luta pelo direito de criticarmos as ideias que bem entendermos, sem sofrermos violência. Esta é a essência da democracia e de nossa luta", argumenta.

Se nos atos e no artigo, Ciro Gomes fala de uma suposta trégua, nas redes parece que ele esqueceu do que falou e continua a centrar as suas críticas ao ex-presidente Lula e ao seu partido, o PT.

Em tuite publicado no dia 7 de outubro, Ciro Gomes equivaleu Lula e Bolsonaro e afirmou que ambos "são portadores do ódio".

https://twitter.com/cirogomes/status/1446082888361861126

Já em uma publicação do dia 4 de outubro, o presidenciável afirmou que a política econômica dos governos do PT não era muito diferente das praticadas pelo PT.

https://twitter.com/cirogomes/status/1445199369548992514

Por fim, o líder do PDT publicou nesta segunda-feira (11) um novo vídeo onde afirma que o Lula está repleto de "velhas ideias" e que nunca "pediu perdão pelos seus erros".

https://twitter.com/cirogomes/status/1447532440830889990

Como se vê, a trégua de Ciro Gomes é a verdadeira fake news, pois desde os atos do dia 2 outubro, Gomes não faz outra coisa a não ser atacar o PT e o Lula, e equipará-los ao bolsonarismo.

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