CNMP atende pedido de Flávio Bolsonaro e investiga promotora que revelou esquema de corrupção com Queiroz

Decisão do corregedor Nacional do Ministério Público Rinaldo Reis Lima, atende pedido de Flávio Bolsonaro, que lançou ofensiva contra a promotora Patrícia do Couto Villela, responsável pela investigação das "rachadinhas"

Flávio Bolsonaro com a esposa, Fernanda, e com Queiroz, na loja da Kopenhagen (Montagem)
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Atendendo a uma reclamação de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou, na tarde desta segunda-feira (5), um sindicância contra a promotora Patrícia do Couto Villela, que revelou o esquema de corrupção no gabinete que ele mantinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) comandado por Fabrício Queiroz - que ficou conhecido como caso das "rachadinhas".

A decisão do CNMP, assinada pelo corregedor Nacional do Ministério Público Rinaldo Reis Lima, se baseia na reclamação de Flávio de que a promotora teria praticado abuso de autoridade e vazado informações do processo.

Na decisão, o conselho acata a reclamação que pede "sindicância ou processo disciplinar para a apuração de eventuais infrações e até mesmo possíveis crimes de abuso de autoridade que possam ter sido cometidos” por Patríciai Villela e pela equipe do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc).

A reclamação faz parte da estratégia de defesa de Flávio Bolsonaro, que lançou uma ofensiva contra a procuradora. Antes da instauração da sindicância contra a chefe do Gaecc, Flávio já havia conseguido que promotora Patrícia do Couto Villela fosse intimada pelo CNMP a se explicar sobre um suposto arrombamento da porta da franquia da Kopenhagen, de sua propriedade, num shopping do Rio, que teria ocorrido em uma ação ocorrida em dezembro de 2019 para colher provas no local. Ele também reclamou ao CNMP de vazamentos à imprensa de informações do inquérito que corre contra ele, sob sigilo de Justiça.

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