O general Colin Powell, ex-secretário de Estado dos EUA, morreu nesta segunda-feira (18), aos 84 anos, vítima de Covid-19. O anúncio foi feito por meio de suas redes sociais.
"Queremos agradecer a todos no Centro Médico Walter Reed pelo tratamento. Perdemos um grande marido, pai, avô e um grande americano", diz o texto. Powell morreu na cidade de Bethesda, no estado de Maryland, perto de Washington DC.
Primeiro negro a assumir cargos no alto escalão em governos dos EUA
Colin Powell serviu como principal oficial militar e diplomata dos Estados Unidos em governos de presidentes do Partido Republicano (Reagan e Bush). Porém, na última eleição revelou ter votado no democrata Joe Biden.
O militar foi o primeiro negro a ocupar cargos de grande responsabilidade nos EUA: conselheiro de Segurança Nacional na Administração de Ronald Reagan; chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, e secretário de Estado de George W. Bush até 2005.
À época da invasão do Iraque, em março de 2003, com o George Bush na presidência, Colin Powell foi um dos arquitetos e defensor da invasão do país a partir da justificativa de que estava produzindo armas de destruição em massa.
Durante reunião no Parlamento nos EUA, Powell apresentou um vidro com um pouco de Anthrax afirmando que o conteúdo havia sido colhido no Iraque. À época, denúncias davam conta de que o produto apresentado pelo Secretário de Estado era giz.
Anos após a invasão do Iraque e da deposição de Saddam Hussein, ficou comprovado que eram falsas as justificativas do governo Bush, principalmente quando veio à tona as denúncias de Valerie Plame, agente da CIA que atuava no Iraque e produziu o relatório que revelava a não existência da produção de armas de destruição em massa.
O documento elaborado por Plame, por ordem do alto escalão do governo Bush, foi escondido e um outro foi produzido para que justificasse a invasão do Iraque.