Com Lava Jato extinta e acuada, PF mira amigo de Vaccari, que já recebeu indulto da Justiça

PF cumpre mandados de busca e apreensão na 80ª fase da Lava Jato - a primeira depois que a força-tarefa passou a integrar o Gaeco

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Extinta pela Procuradoria-Geral da República e acuada em meio aos diálogos que mostram relações espúrias entre procuradores e o ex-juiz Sergio Moro, a Lava Jato ressuscitou denúncias contra o empresário Claúdio Mente, amigo do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na 80ª fase da operação, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (11).

Essa é a primeira fase da Lava Jato desde que a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Segundo informações divulgadas pela GloboNews, cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo e Pindamonhangava, no interior paulista. A PF informou que também serão bloqueados R$ 5,2 milhões dos alvos.

Segundo a PF, Mente teria recebido U$ 1 milhão de um representante de um estaleiro estrangeiro, em 2013, por meio de uma empresa offshore em um paraíso fiscal.

De acordo com as investigações, o pagamento aconteceu a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT.

Indulto
Vaccari, que havia sido condenado por Sergio Moro em investigação da Lava Jato, recebeu indulto judicial em agosto do ano passado, após dossiê apntar que ele e a família foram perseguidos pelo MPF e que o TRF-4 aumentou as penas do petista como forma de humilhação.