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Nesta sexta-feira (3), o INDEC (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina) anunciou que houve 4% de inflação registrados no mês de dezembro. A cifra também determina que a inflação acumulada no ano de 2019 foi de 54,6%.
Os números representam a última fotografia da situação econômica da Argentina sob o mandato do empresário e político neoliberal Mauricio Macri, que terminou seu mandato no dia 10 de dezembro, após perder sua reeleição para o peronista Alberto Fernández.
A cifra também significa um recorde negativo para Macri: sua última inflação anual é a maior registrada pela Argentina desde 1991 – naquele então, sob o governo de Carlos Menem, e saindo da crise da hiperinflação, o país teve 84%, depois de meia década com cifras de três ou até quatro dígitos.
Além disso, os números se Macri em termos inflacionários conseguiram ser piores que os dos anos da crise do corralito, entre 2000 e 2002 – o pior desses anos foi justamente o último, em 2002, com inflação de 40,9%. Durante os anos do kirchnerismo, o pior ano foi 2015, o último do segundo mandato de Cristina Kirchner (atual vice-presidenta), com 26,8%, menos da metade do recorde de Macri.
Aliás, o ex-presidente de direita teve índices acima dos 20% em todos os seus quatro anos de mandato: 36,2% em 2016, 24,7% em 2017 – única vez que conseguiu uma cifra melhor que a do pior ano do kirchnerismo – e 47,6% em 2018.