Com popularidade em queda, Bolsonaro faz gesto a caminhoneiros e elimina imposto sobre diesel

Presidente também tentou se desvencilhar dos aumentos no preço do gás de cozinha, culpando os impostos estaduais, e fez alusões a que “alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias”

Bolsonaro e a rede de postos da Petrobras (Reprodução)
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Em sua primeira live semanal depois das pesquisas recentes que apontaram queda na sua aprovação e crescimento ainda maior da sua rejeição, o presidente Jair Bolsonaro anunciou uma curiosa medida: a eliminação do imposto federal sobre o óleo diesel uma das demandas dos caminhoneiros, que vinham protestando contra o seu governo nas últimas semanas.

Segundo Bolsonaro, o imposto deixará de incidir sobre o preço do diesel a partir do dia 1º de março. Antes disso, a Petrobras já havia anunciado um aumento de 15,2% no produto, e de 10,2% no caso da gasolina – ambos entrarão em vigor nesta sexta (19) e devem se manter vigentes até o dia 28 de fevereiro.

Além disso, o presidente também tentou se desvencilhar dos aumentos no preço do gás de cozinha, alegando que a culpa por essa situação é dos impostos estaduais sobre o produto.

“O preço (do gás de cozinha) está em média, hoje em dia, 90 reais, na ponta da linha, lá para o consumidor. E o preço na origem está um pouco abaixo de 40 reais. Então, esses 50 reais aí é ICMS, imposto estadual”, disse.

Bolsonaro também fez alusões sobre possíveis mudanças na Petrobras, que devem ser anunciadas em breve. “Eu não posso interferir e nem iria interferir (na Petrobras). Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias, tem que mudar alguma coisa, vai acontecer”, comentou o presidente.

Segundo pesquisa do site Poder 360 divulgada nesta quarta-feira (17), a desaprovação ao trabalho de Jair Bolsonaro como presidente atingiu índice recorde de 48%, sete pontos a mais que o registrado no final de janeiro. Já a sua aprovação caiu dois pontos, ficando em 31%.