COP19: Delegado filipino declara greve de fome

Yeb Sano, chefe da delegação das Filipinas, país que já conta com mais de dez mil mortos pela passagem do tufão Haiyan, pede que sejam tomadas medidas concretas em relação à crise climática

Ao final do discurso do colega filipino, o chefe da delegação chinesa, Su Wei, propôs e obteve o direito de utilizar os 3 minutos que tinha à disposição como “minutos de silêncio” em memória das milhares de vítimas filipinas (Foto Agência Jovem de Notícias)
Escrito en NOTÍCIAS el
Yeb Sano, chefe da delegação das Filipinas, país que já conta com mais de dez mil mortos pela passagem do tufão Haiyan,  pede que sejam tomadas medidas concretas em relação à crise climática Por Federico Brocchieri, Italian Climate Network, parceiro da “Agenzia di Stampa Giovanile”*. Publicado na Agência Jovem de Notícias Foi dramática a intervenção de Yeb Sano, chefe da delegação filipina, que em lágrimas anunciou a própria greve de fome até que sejam tomadas medidas concretas. “Não podíamos imaginar, um ano atrás, que outro desastre de tais proporções atingiria o nosso país. [caption id="attachment_36005" align="alignleft" width="474"] Ao final do discurso do colega filipino, o chefe da delegação chinesa, Su Wei, propôs e obteve o direito de utilizar os 3 minutos que tinha à disposição como “minutos de silêncio” em memória das milhares de vítimas filipinas (Foto Agência Jovem de Notícias)[/caption] Falo em nome daqueles que não podem mais falar, em nome daqueles que, nesses dias, se tornaram órfãos: suplico, a todos que ainda negam que a mudança climática esteja acontecendo, que enfrentem a realidade: a crise climática é insana, mas poremos detê-la aqui em Varsóvia. Soube há pouco que meu irmão conseguiu sobreviver, embora tenha ficado sem comer por dois dias: e por isso, com profundo respeito e extrema sinceridade, e em solidariedade ao meu país, anuncio minha greve de fome voluntária durante a COP até que exista a promessa de tornar operativos tanto fundos como decisões, sobretudo em relação a perdas e danos. Eu ainda acredito: podemos transformar tudo em realidade.” Ao final do discurso, o chefe da delegação chinesa Su Wei propôs e obteve o direito de utilizar os 3 minutos que tinha à disposição como “minutos de silêncio” em memória das milhares de vítimas filipinas. *Italian Climate Network é parceiro da Agenzia di Stampa Giovanile na Itália.