Cotas nas universidades paulistas: as intenções e o inferno astral do governo estadual

O que se percebe em parte do jornalismo contemporâneo é a troca da opinião construída em argumentos centrados em informações e dados pelo opinionismo, sem qualquer preocupação com a qualidade das argumentações

(Guilherme Lara Campos)
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O que se percebe em parte do jornalismo contemporâneo é a troca da opinião construída em argumentos centrados em informações e dados pelo opinionismo, sem qualquer preocupação com a qualidade das argumentações Por Dennis de Oliveira, em seu blog Uma das coisas mais importantes no jornalismo, inclusive no chamado jornalismo opinativo é estar bem informado.  Manuel Carlos Chaparro, professor do curso de jornalismo da ECA/USP sempre dizia que não existe uma fronteira intransponível entre informação e opinião – o que há de diferentes nos textos jornalísticos é o predomínio de um ou outro gênero. Infelizmente o que se percebe em parte do jornalismo contemporâneo é a troca da opinião construída em argumentos centrados em informações e dados pelo opinionismo, o que vale é dizer o que eu acho e ponto, sem qualquer preocupação com a qualidade das argumentações. [caption id="attachment_21416" align="alignleft" width="300"] (Guilherme Lara Campos)[/caption] Eliane Catanhêde, colunista famosa do jornal “Folha de S. Paulo” cometeu dois erros graves de informação nestes últimos dois meses para construir suas argumentações. Uma foi no caso da pretensa “crise energética” (disse que haveria uma reunião extraordinária do conselho de energia, quando esta reunião era ordinária e estava marcada há muito tempo) e, mais recentemente, quando disse que a reeleição do presidente do Chile, Sebastian Piñera, estava mal das pernas – o equívoco da colunista é que no Chile não existe a reeleição, como no Brasil, e portanto Piñera não pode ser candidato à reeleição. O mais grave de tudo isso foi a recusa da colunista de assumir os seus erros e corrigir. O opinionismo também aparece em alguns veículos fora do mainstream. Recentemente, fui criticado em um editorial de um portal de notícias especializado em questões raciais, junto com os meus colegas Silvio Almeida e Marcos Orione, por sermos contra a proposta dos reitores das universidades de “cotas”  chamada “Inclusão com mérito”. Continue lendo aqui