A Covid-19 pode ser mais antiga do que se imaginava até agora. A tese de que o coronavírus surgira em 2019, em um mercado público da cidade chinesa de Wuhan, está sendo contestada.
Em 2012, trabalhadores de uma mina chinesa, repleta de morcegos, contraíram uma enfermidade desconhecida à época, porém muito similar à doença causada pelo vírus que já matou milhões no mundo todo. A teoria é dos especialistas que trabalham para a organização Bioscience Resourse Project, o virologista Jonathan Latham e a bióloga molecular Allisson Wilson.
Ambos traduziram uma tese de mestrado, escrita em 2013 pelo médico chinês que atendeu os mineiros infectados. “As evidências nos levam a reconsiderar tudo o que acreditávamos saber sobre as origens da pandemia do Covid-19”, escreveu a dupla de cientistas no artigo publicado em julho no site Independent Science News.
Entenda
Em 2012, seis trabalhadores da mina de Mojiang, na província de Yunnan, adoeceram após passarem mais de 14 dias retirando fezes de morcegos da mina. Pouco depois, três destes mineiros morreram.
O médico Li Xu escreveu os sintomas em sua tese: “febre alta, tosse seca, dor nas extremidades e, em alguns casos, dor de cabeça”, que são exatamente os sintomas mais conhecidos da Covid-19.