Cresce rejeição a latino-americanos na espanha, diz pesquisa

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A rejeição contra latino-americanos é a que mais cresceu entre adolescentes espanhóis de 2002 a 2008, revelou hoje um estudo sobre racismo realizado pela Universidade Complutense de Madri e citado pelo jornal El País.
De 15% dos adolescentes que afirmavam que "tirariam" os latino-americanos da Espanha em 2002, essa porcentagem se elevou a 24,8% neste ano, de acordo com uma pesquisa feita nas escolas desde 1986 pelo Centro de Estudos de Migrações e Racismo (Cemira) da universidade.
"Os que víamos antigamente como nossos irmãos latinos hoje ocupam o terceiro lugar em rejeição, atrás dos marroquinos e ciganos. O amor romântico e fraternal de outrora acabou", afirmou o diretor do Cemira, Tomás Calvo Buezas.
A pesquisa, realizada com adolescentes de 13 a 18 anos, sustenta que o grupo que mais sofre manifestações de racismo é o dos marroquinos, com uma porcentagem de 39,1%, enquanto os ciganos aparecem na segunda posição, com 27,4%.
Porém, notou-se que a rejeição aos marroquinos sofreu uma queda em relação a 2002, quando 48,6% dos adolescentes afirmavam que os tirariam da Espanha.
Além disso, o Cemira assinalou com preocupação a "estigmatização, criminalização e satanização" que está crescendo entre os adolescentes com relação aos imigrantes ilegais.
"Estão sendo transformados em bodes expiatórios e são rotulados como fedidos", disse Calvo Buezas.
Em 1999, 33,5% dos adolescentes espanhóis consideravam que os imigrantes ilegais deviam voltar a seus países. Hoje, pensam assim pelo menos 52,8%.

(Com informações da agência ANSA)