Polícia do RJ: crianças de Belford Roxo podem estar mortas

A principal linha de investigação é que o narcotráfico local, após matar as crianças, ocultou os corpos; relembre o caso

As três crianças desaparecidas em Belford Roxo. Foto: reprodução
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro admitiu pela primeira vez que as crianças desaparecidas de Belford Roxo, localizado na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, podem estar mortas.

De acordo com informações do G1, o delegado Uriel Alcântara afirmou que a principal hipótese da investigação é que elas tenham sido capturadas pelo narcotráfico e assassinadas.

Segundo investigação da Polícia, Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique teria supostamente furtado uma gaiola de passarinho.

"A gente trabalha com essa questão e, em razão disso, o tráfico teria determinado, teria pegado essas crianças, não sabe o que teria acontecido, como teria ocorrido, mas sabe que, em razão disso, essas crianças foram pegas e foram mortas dentro da comunidade. Então, a gente sabe que essas crianças tiveram os corpos levados pra um rio", revelou o delegado.

Além da possibilidade de os corpos terem sido jogados em um rio, há também a linha que, após o crime, os corpos foram ocultados por membros do narcotráfico local.

Relembre o caso

Os meninos Lucas, Alexandre e Fernando desapareceram no dia 27 de dezembro do ano passado, quando saíram para brincar. De acordo com testemunhas, as crianças foram vistas pela última vez em um campo de futebol, no Castelar, em direção à feira da Areia Branca.

As polícias civil e militar do Rio de Janeiro retomaram as buscas pelos meninos Lucas Mateus, Alexandre Silva e Fernando Henrique no mês de julho.

A retomada aconteceu após uma denúncia recebida pela polícia sobre o possível paradeiro dos corpos das crianças, que teriam sido assassinadas por traficantes.

Segundo informações da jornalista Bruna Fantti, de O Dia, o irmão de um traficante disse à Agência de Inteligência do Batalhão de Belford Roxo nesta manhã que os três foram espancados e mortos por ordem do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o “Piranha”, e tiveram seus corpos jogados em um rio no bairro Amapá. Piranha está foragido.

O irmão do homem que prestou depoimento teria sido o encarregado por dirigir o carro que levou as vítimas para o local, chamado de Ponte de Ferro 38.

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