Crimes de ódio contra a comunidade LGBT aumentam durante gestão Trump

Relatório do FBI revela que em 2019 foram registrados 34 assassinatos; a maioria das vítimas eram mulheres transexuais negras e latinas

A protester holds a sign reading "Your vote is a hate crime" outside a Donald Trump for President campaign rally at Target Center in Minneapolis, Minnesota, on October 10, 2019.
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De acordo com o Relatório Anual de Estatísticas de Crimes de Ódio do FBI (Federal Bureau of Investigation) houve um consistente aumento de assassinatos de pessoas LGBT motivados pelo ódio. O documentou foi divulgado no último dia 16 de novembro.

Segundo os dados do FBI, só no ano de 2020, 34 pessoas da comunidade LGBT foram vítimas fatais de crimes de ódio, sendo que a maioria das vítimas eram mulheres transexuais negras e latinas. O departamento do FBI responsável pela investigação de crimes de ódio disse que é possível afirmar que existe uma "cultura de violência" contra a comunidade LGBT.

O relatório do FBI também mostra que os atos de ódio contra as LGBT aumentaram ano após ano durante a gestão de Donald Trump. O documento contabiliza desde agressões verbais até assassinatos.

Em 2016 foram notificadas 1.180 denúncias motivadas por orientação sexual e identidade de gênero; em 2017, esse número saltou para 1.217; em 2018 para 1.347 e, por fim, no ano de 2019 foram registradas 1376 denúncias motivada por LGBTfobia.

De acordo com o portal LGBTQ Nation, há uma expectativa por parte da comunidade LGBT de que esse cenário mude com a gestão do presidente eleito Joe Biden (Democrata). Pois, ao contrário de Donald Trump (Republicano), que impulsionava grupos de ódio, Biden se elegeu com discurso pró diversidade sexual, nomeou pessoas LGBT para os altos cargos da equipe de transição e prometeu que, assim que tomar posse, revogar a lei que proíbe pessoas transexuais nas Forças Armadas.

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