Criticada, Anitta diz que não se posicionou contra Bolsonaro em 2018 por "não entender" de política

Cantora afirma em entrevista ao Globo que tinha praticamente “zero” instrução do tema; ela tem cobrado o titular do Planalto em postagens recentes

A cantora Anitta (Foto Reprodução Instagram)
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Criticada em 2018 por não aderir ao #elenao, hashtag levantada contra o então candidato Jair Bolsonaro, a cantora Anitta disse em entrevista à revista Ela, do jornal O Globo, que não entendia sobre o assunto e, por isso, preferiu não se posicionar.

“Tinha 25 anos e vim de uma origem completamente humilde, e gente como nós, no Brasil, tem praticamente zero instrução política”, afirmou a cantora na entrevista. “Não me sinto envergonhada, mas não iria dar voz a algo que não entendia.”

Na avaliação de Anitta, não adiantaria ela subir a “hashtag, sumir e nunca mais tocar no assunto”. Ela também considerou que  “não teria o poder de mudar o destino” das eleições caso tivesse aderido ao movimento. “A longo prazo, consigo fazer com que meu público se engaje e aprenda a buscar informação.”

Foi o que ela procurou fazer durante a quarentena. A artista promoveu conversas sobre política em lives com a advogada Gabriela Prioli. “Hoje, no Brasil, é extremamente importante um posicionamento. Não imaginava o quanto isso é relevante”, afirmou a cantora à revista.

Nova fase

As lições renderam uma fase mais engajada. Anitta tem cobrado, em suas postagens mais recentes, um posicionamento de Bolsonaro sobre as queimadas no Pantanal. Ela ainda divulgou uma ação que defende os pequenos produtores. 

A cantora também fez postagens par evitar a votação de projeto que mexia em direitos autorais. E ainda passou a ser crítica da atuação do governo federal no ramo da cultura durante a pandemia.  

À revista do jornal O Globo, ela disparou: “Faz-se uma imagem muito errada de que entretenimento é futilidade. E não é!”.

A cantora defende a cultura como uma maneira de o ser humano manter a saúde mental e ainda os profissionais do meio. “Perdi algumas oportunidades, mas estou num nível de carreira em que pude me planejar e não sofrer financeiramente. Quatro anos atrás, eu estaria bem desesperada e seria difícil manter meus funcionários.”

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