De acordo com lobista, Cunha o extorquia pois tinha "mais de 200 deputados para sustentar"

Em delação, Júlio Camargo, lobista, afirmou para Supremo Tribunal Federal que foi extorquido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que esse teria dito que sustentava “duzentos deputados”.

Brasília- DF 19-05-2016 deputado, Eduardo Cunha durante depoimento no conselho de ética. Foto Lula Marques/Agência PT
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Em delação, o lobista Júlio Camargo afirmou para Supremo Tribunal Federal que foi extorquido e coagido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar propina de R$5 milhões Por Redação Em delação para o Supremo Tribunal Federal (STF) para investigações da Operação Lava Jato, nesta segunda-feira (8), o lobista Júlio Camargo afirmou que foi extorquido e coagido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2011 a pagar propina de R$5 milhões. Cunha teria afirmado, segundo o lobista, que o dinheiro era necessário pois tinha “mais de duzentos deputados para sustentar". O depoimento aconteceu em São Paulo, na 6ª Vara Criminal Federal da Justiça, onde também esteve presente o réu, Eduardo Cunha, denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por receber propina (em 2006 e 2007) oriunda da construção de dois navios-sonda pela Petrobras. A defesa do ex-presidente da Câmara e deputado afastado pediu a suspensão do ato, mas o pedido foi negado pelo juiz Marcos de Farias. Camargo disse ainda que, pressionado, pediu ajuda do ministro da Minas e Energia (na época) Edison Lobão, e que este teria ligado para Eduardo Cunha, já em 2011, cobrando: “Você está louco?". Eduardo Cunha não comentou acusações e segue negando ter recebido propina. Foto: Lula Marques/ Agência PT