CUT solta nota contra o impeachment

A Central Única dos Trabalhadores promete ir às ruas contra a "atitude chantagista e antidemocrática" de Eduardo Cunha. "A sociedade brasileira, que lutou contra a ditadura militar não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado", informou a entidade, em nota

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A Central Única dos Trabalhadores promete ir às ruas contra a "atitude chantagista e antidemocrática" de Eduardo Cunha. "A sociedade brasileira, que lutou contra a ditadura militar, não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado", informou a entidade, em nota Por Redação A Central Única dos Trabalhadores (CUT) soltou, na última quinta-feira (3), nota em que repudia o acolhimento do processo de impeachment contra Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a entidade, a atitude de Cunha é "chantagista e antidemocrática" e ocorreu em "retaliação ao PT". "A sociedade brasileira, que lutou contra a ditadura militar, não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado", informa o texto. "Vamos às ruas lutar pelo Estado Democrático de Direito, contra o golpe e o retrocesso, em defesa do mandato da presidenta Dilma e, também, pela mudança da política econômica e pelo desenvolvimento econômico, com justiça social e distribuição de renda." Leia, abaixo, a íntegra da nota:

CUT vai às ruas para impedir o golpe e o retrocesso

Nota oficial da CUT sobre pedido de impeachment contra a presidenta Dilma. CUT às ruas defender a Democracia, o mandato da presidenta Dilma e a mudança da política econômica

A Central Única dos Trabalhadores repudia a atitude chantagista e antidemocrática do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra a presidenta da República, Dilma Rousseff, como retaliação ao fato de o PT ter declarado que votará pela admissibilidade do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética.

Diferentemente de Cunha, acusado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de manter contas não declaradas na Suíça e que é alvo de processo no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, contra Dilma não existe sequer uma denúncia de prática de ato ilícito.

A sociedade brasileira, que lutou contra a ditadura militar não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado. O mandato da presidenta Dilma foi outorgado pelo povo de maneira transparente e democrática e só termina em 2018.

Vamos às ruas lutar pelo Estado de Democrático de Direito, contra o golpe e o retrocesso, em defesa do mandato da presidenta Dilma e, também, pela mudança da política econômica e pelo desenvolvimento econômico, com justiça social e distribuição de renda.

Conclamamos a sociedade brasileira, especialmente os movimentos sociais e populares, as centrais sindicais e o Congresso Nacional, a superar as divergências políticas e se unir em torno de uma agenda em prol do Brasil, uma agenda de crescimento econômico e social.

- Não ao golpe e ao retrocesso!

São Paulo, 3 de dezembro de 2015.

Executiva Nacional da CUT

(Foto: Lula Marques/Agência PT)