Da prisão para a prefeitura

Prefeito eleito ficou quase 20 dias foragido após ter sua prisão decretada, se entregou no dia de Natal e, agora, graças a uma decisão do TJSP, foi solto a menos de 48 horas da cerimônia de posse com a promessa de pagar fiança de R$ 300 mil

Lins ao lado de Paulinho da Força em campanha para a prefeitura de Osasco neste ano (Foto: Divulgação)
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Prefeito eleito ficou quase 20 dias foragido após ter sua prisão decretada, se entregou no dia de Natal e, agora, graças a uma decisão do TJSP, foi solto a menos de 48 horas da cerimônia de posse com a promessa de pagar fiança de R$ 300 mil Da Redação [caption id="attachment_94898" align="alignleft" width="300"]Lins ao lado de Paulinho da Força em campanha para a prefeitura de Osasco neste ano (Foto: Divulgação) Lins ao lado de Paulinho da Força em campanha para a prefeitura de Osasco neste ano (Foto: Divulgação)[/caption] O prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), deixou a Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, na tarde desta sexta-feira (30), menos de 48 horas para a cerimônia de posse, marcada para este domingo (1º) às 8h. Lins estava preso desde domingo (25), quando se entregou no aeroporto de Guarulhos, ao chegar de Miami, onde passava férias. Ele era considerado foragido desde 6 de dezembro, data em que sua prisão foi decretada. Atualmente vereador, Lins foi alvo de mandado de prisão preventiva na Operação Caça Fantasmas, que investiga esquema milionário de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Osasco. O novo prefeito da cidade corria o risco de perder seu cargo definitivamente para a sua vice-prefeita, Ana Maria Rossi (PR), caso não conseguisse sua liberdade. A soltura só foi possível com a decisão desta quinta-feira (29) do desembargador Fábio Gouvêa, da Seção de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Gouvêa liberou o prefeito mediante o pagamento de fiança de R$ 300 mil e entrega do passaporte para que não saia do país. O desembargador acatou o pedido da defesa de Lins para que o pagamento fosse protelado até o primeiro dia útil de 2017. O político terá que pagar a fiança até segunda-feira (2), caso contrário, corre o risco de ser preso novamente. As denúncias Quatro meses antes da eleição municipal deste ano, o Ministério Público já havia expedido mandado de busca e apreensão em dez gabinetes de vereadores da Câmara de Osasco. Um dos investigados no escândalo era Rogério Lins, investigado por improbidade administrativa, acusado de manter funcionários fantasmas dentro de seu gabinete de vereador. Na documentação apreendida, constam listas de presença de funcionários com indícios de serem fantasmas. Rogério Lins (PTN) foi eleito prefeito de Osasco (SP) para os próximos quatro anos, com 61,21% dos votos, contra 38,79% do atual prefeito Jorge Lapas (PDT). Contou com apoios dos ex-prefeitos da cidade Celso Giglio (PSDB) e Francisco Rossi (PR), além de Paulinho da Força, do Solidariedade, de João Doria (PSDB), prefeito eleito de São Paulo, que gravou um vídeo, e do governador Geraldo Alckmin, que tirou fotografias.