Dallagnol manobra e ação contra ele no CNMP pode prescrever em dezembro

O caso seria avaliado na próxima terça-feira, mas relator alegou "riscos à capacidade" do CNMP para julgar

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O procurador Deltan Dallagnol, que teve seu caso suspenso no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por decisão judicial, pode ter sua ação no Conselho prescrita somente em dezembro. O caso seria julgado na próxima terça-feira, mas a defesa do procurador alega que ele já foi absolvido no mesmo caso no Conselho Superior do Ministério Público e que ele não poderia ser julgado duas vezes pelo mesmo fato. Luiz Fernando Bandeira de Mello, braço direito de Renan Calheiros e conselheiro do CNMP, foi o responsável por tentar impedir que a Justiça Federal no Paraná suspendesse o processo disciplinar a que Deltan Dallagnol responde no órgão. O caso em questão foi suspenso pelo juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1.ª Vara Federal de Curitiba. Dallagnol responderia pelo episódio em que, em entrevista à rádio CBN, afirmou que três ministros do Supremo formavam "uma panelinha" e passavam para a sociedade uma mensagem de "leniência com a corrupção". De acordo com o jornalista Eduardo Barretto, da revista Época, Bandeira de Mello fez chegar ao juiz que estava com o caso um ofício alegando "riscos à capacidade" do CNMP para julgar Dallagnol, e dizendo que há risco de prescrição do caso em dezembro.