De olho em 2010, "bloquinho" quer pressionar governo por dentro da base

Sem romper com a gestão do presidente Lula, partidos não estão satisfeitos com os rumos do governo

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Sem romper com a gestão do presidente Lula, partidos não estão satisfeitos com os rumos do governo Por Redação Situação sim, sem adesismo. A proposta do Bloco de Esquerda, formado por seis partidos da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi anunciada oficialmente na segunda-feira, 3, em São Paulo. O bloco partidário é formado por PCdoB, PDT, PHS, PMN, PRB e PSB. O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o ex-ministro da Integração Nacional e deputado com maior votação proporcional Ciro Gomes (PSB-CE) e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical comandaram a entrevista coletiva. Paulo Pereira da Silva, o líder do bloco, quer “levar o governo para os compromissos que ele assumiu na campanha eleitoral”, tarefa que consideram representar um puxão do governo aos interesses da população e dos trabalhadores. “Nós ajudamos o governo do presidente Lula, mas não estamos satisfeitos com tudo", pondera Aldo. "O amigo verdadeiro não é apenas aquele que bate nas costas no momento da vitória, é aquele também que tem a coragem, a franqueza e a grandeza de criticar e observar o que não está certo”, compara. As eleições municipais de 2008 e até a sucessão presidencial de 2010 estão na mira do bloco de esquerda. “Estamos tentando ir para as eleições de 2008 para fazer com que, em todas as cidades do Brasil, a gente possa se unir. E se a gente conseguir fazer isso bem, aí dá para pensar em 2010”, disse Paulinho da Força. Formado por partidos com pequena representação no Congresso, se o bloco conseguir agir de forma unida, se aproximaria das principais bancadas da Câmara. Em junho uma frente parlamentar foi formada com 73 deputados em exercício, atrás apenas da do PT (82 deputados) e do PMDB (93 deputados). (Com agências)