Defensor do agronegócio, Caiado (DEM) vai propor 'CPI' para investigar samba da Imperatriz Leopoldinense

Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
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O senador fazendeiro, fundador da União Democratica Ruralista (UDR) e cuja família é acusada de trabalho escravo, informou que pretende investigar no Senado quem são os financiadores da Imperatriz Leopoldinense e "os interesses em denegrir o agronegócio". Escola de samba carioca levará este ano à Sapucaí um samba-enredo em defesa das comunidades do Xingu Por Redação Depois de ser alvo de protesto por parte da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e de uma apresentadora da Record de Goiás, que sugeriu que índios morressem de malária e sem remédios, o samba-enredo deste ano da Imperatriz Loeopoldinense (RJ) poderá ser discutido no Senado. Isso por que Ronaldo Caiado (DEM-GO) informou através de seu Facebook, nesta quinta-feira (12), que vai propor uma sessão temática para “para discutir, debater e descobrir os financiadores da Imperatriz Leopoldinense e os interesses em denegrir o agronegócio”. “Com tantos problemas no país, que sofre com traficantes, bicheiros e facções, causa perplexidade uma escola de samba atacar o agronegócio, orgulho do País, que é o único setor que gera tantos resultados positivos”, justificou o senador. O projeto de jornalismo livre da Fórum precisa de você. Seja um sócio e ajude a manter o nosso site funcionando. De autoria de Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senn, o samba da Imperatriz Leopoldinense sai em defesa das comunidades indígenas do Xingu e faz uma crítica contundente aos donos de terra: “O belo monstro rouba as terras dos seus filhos, devora as matas e seca os rios, tanta riqueza que a cobiça destruiu, Sou o filho esquecido do mundo, minha cor é vermelha de dor, o meu canto é bravo e forte, mas é hino de paz e amor”. Ronaldo Caiado, por sua vez, é um antigo e ferrenho defensor dos interesses do agronegócio. Dono de fazendas desde jovem, foi criador e presidente da União Democrática Ruralista (UDR), acusada de organizar milícias com a compra de armas pelos proprietários de terra para evitar ocupações de sem-terra na década de 1980. Sua família, inclusive, consta na lista de 91 incluídos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na atualização semestral da relação de empregadores flagrados com trabalho escravo. Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados