Delação da Odebrecht contra Temer, Padilha e Serra só deve sair em novembro

Revelações da empreiteira devem vir à tona somente depois do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, o que beneficia o governo interino.

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Revelações da empreiteira devem vir à tona somente depois do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, o que beneficia o governo interino Por redação O julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado está marcado para o dia 25 de agosto. A votação que definirá o destino do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara acontecerá em setembro. Já a delação da empreiteira Odebrecht, que pode apresentar riscos para o presidente interino Michel Temer e era esperada para o próximo mês, deve ocorrer apenas em novembro. Com isso, ele ganha vantagem em meio à crise política. Marcelo Odebrecht acusa Temer de receber cerca de R$ 11 milhões da construtora, dinheiro que teria sido utilizado em campanhas do PMDB. Além disso, a delação da empresa deve afetar ainda o ministro das Relações Exteriores, José Serra, por supostamente ter sido destinatário de R$ 23 milhões por caixa dois. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também teria se beneficiado com o esquema. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a primeira etapa da delação é a negociação da “premiação”, ou seja, a pena que os executivos receberão e os valores que deverão ser restituídos aos cofres públicos. Essa etapa é a mais demorada e, por isso, deve adiar o procedimento.