Delação de caixa 2 da Odebrecht pode derrubar Temer

Empresa teria doado R$ 30 milhões em 2014, segundo matéria do Estadão. Os depoimentos poderão ser apensados no TSE, que vai julgar ação de abuso de poder econômico e político na campanha presidencial e pode levar à cassação do mandato de Michel Temer. Ex-tesoureiro da chapa, Edinho Silva, nega que houve doação ilegal e diz que todas foram declaradas.

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Empresa teria doado R$ 30 milhões em 2014, segundo matéria do Estadão. Os depoimentos poderão ser apensados no TSE, que vai julgar ação de abuso de poder econômico e político na campanha presidencial e pode levar à cassação do mandato de Michel Temer. Ex-tesoureiro da chapa, Edinho Silva, nega que houve doação ilegal e diz que todas foram declaradas. Da Redaçã A Odebrecht teria doado ilegalmente R$ 30 milhões na campanha presidencial de 2014 à chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, segundo delação de executivos da empreiteira na Lava Jato. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo. O valor representa quase 10% do total arrecadado oficialmente. O relato deve repercutir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que apura abuso de poder político e econômico na campanha, e pode levar à cassação do mandato de Michel Temer. O ex-tesoureiro da chapa de Dilma e Temer, Edinho Silva, nega. "Refuto com veemência qualquer acusação de doações ilegais na campanha presidencial de 2014, todos os recursos utilizados foram declarados ao Tribunal Superior Eleitoral, que após rigorosa auditoria aprovou por unanimidade as contas eleitorais", afirmou. As delações poderão ser apensadas no TSE graças à decisão do ministro Herman Benjamin, relator da ação, de somente apresentar seu voto em 2017, e não até o fim deste ano, como estava previsto. Como a fase de instrução na Corte ainda não foi concluída,  uma das partes ou o Ministério Público podem pedir "o compartilhamento do material da Lava Jato ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, após a homologação das delações”, diz reportagem do Estadão. “Ao TSE, até agora, nenhuma das 37 pessoas que prestaram depoimento na ação que investiga a chapa relatou pagamento de caixa 2 diretamente para a campanha Dilma-Temer." Ainda segundo o jornal, “outra delação premiada em negociação também deve citar caixa 2 para a chapa Dilma-Temer. O casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura já sinalizou que vai relatar pagamento de recursos não contabilizados em 2014, envolvendo a Odebrecht".