Qual é a diferença da variante Delta do coronavírus, identificada em SP?

De acordo com os primeiros estudos, a variante indiana não altera o paladar e o olfato, e os sintomas se assemelham ao de uma gripe comum; OMS afirma que ela se tornará predominante no mundo todo

Ambulatório em Manaus. Foto: Prefeitura de Manaus
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Na noite desta segunda-feira (5), a prefeitura da cidade de São Paulo identificou o primeiro caso da variante Delta do coronavírus. Trata-se de um homem de 45 anos que está isolado em uma UTI. A família e todas as pessoas que tiveram contato com o paciente também estão sendo monitoradas pela Saúde do município.

A Organização Mundial da Saúde e os primeiros estudo do Imperial College London apontam para o fato de que a variante Delta deve se tornar dominante no mundo todo. Ela é a responsável pela segunda onda que varreu a Índia e também o Reino Unido. Atualmente, a cepa indiana é dominante em ambos os países.

Além do Brasil, Reino Unido e Índia, a Delta já foi identificada em mais de 90 países ao redor do mundo, entre eles, China, em alguns países do continente africano e parte do Sul da Ásia.

Mas, por que a variante Delta preocupa tanto?

O principal ponto é que, ao contrário das cepas anteriores, a Delta apresenta sintomas que mais se assemelham ao de um resfriado comum e, segundo os pesquisadores do Imperial College, ela não altera o paladar e o olfato, o que leva as pessoas a acreditarem que estão apenas resfriadas e, por conta disso, a sua transmissibilidade já é considerada maior que a da P.1, variante que até este momento é a predominante no Brasil.

Dessa maneira, os sintomas mais comuns da variante Delta são: dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre. Por sua vez, a perda de olfato e paladar e tosse são menos comuns na Delta.

Todavia, as autoridades de saúde de vários países e a OMS acreditam que as pessoas que já tenham recebido as duas doses dos imunizantes disponíveis tenham menos chances de serem internadas por causa da Delta.

Essa hipótese foi levantada a partir do quadro clínico observado no Reino Unido, onde a maioria dos casos de internação pela variante indiana foi de jovens adultos, justamente a parcela da população com o menor índice de vacinação.

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