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Apesar de se gabar da quantidade de denúncias apresentadas pela Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol admitiu pelo Twitter, nesta quinta-feira (19), que 2019 “foi um ano de algumas derrotas”.
O coordenador da força tarefa da Lava Jato se refere, provavelmente, às denúncias do The Intercept Brasil, que ficaram conhecidas como Vaza Jato. O veículo sugeriu, através de mensagens obtidas por um hacker, o conluio entre os procuradores e o juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro, responsável pelas ações.
O conteúdo das mensagens desmoralizou a operação e deixou transparecer que, longe de fazer justiça, o objetivo era condenar políticos e empresários ligados ao campo democrático e, sobretudo, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, com uma prisão cercada de suspeições, foi afastado das eleições de 2018.
A série de reportagens do Intercept teve como principal consequência até agora a libertação do ex-presidente, a maior derrota do procurador.
Após o pleito, Moro foi convidado pelo então presidente eleito, Jair Bolsonaro, para ser o seu ministro da Justiça, em um lance político criticado em todo o planeta.
“No ano com o maior número de denúncias oferecidas pela Lava Jato no Paraná, chegamos a um total de 115 denúncias envolvendo 497 pessoas. 2019 foi um ano de algumas derrotas, mas de MUITO trabalho. A Lava Jato está longe de acabar.”No ano com o maior número de denúncias oferecidas pela Lava Jato no Paraná, chegamos a um total de 115 denúncias envolvendo 497 pessoas. 2019 foi um ano de algumas derrotas, mas de MUITO trabalho. A Lava Jato está longe de acabar.https://t.co/BzvGD03VET
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) December 19, 2019