Denúncias de corrupção contra Temer vêm desde os anos 1990

18/5/2017- Brasília- DF, Brasil- O presidente da República do Brasil, Michel Temer, faz pronunciamento à Nação dizendo que não renunciará. Temer foi citado pelos empresários Joesley e Wesley Batista (donos do frigorífico JBS) durante delação à Procuradoria Geral da República de ter dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (preso em Curitiba). Foto: Lula Marques / AGPT
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Suposto esquema de corrupção no Porto de Santos nunca foi investigado efetivamente pelo “engavetador geral” da União, apesar da existência de documentos comprometedores   Por Redação*                                      Foto: Lula Marques / AGPT Segundo reportagem do blog do Marcelo Auler, muitas das denúncias que estão sendo apuradas contra Michel Temer já poderiam ter respostas há mais de uma década. Desde os anos 1990, são atribuídos esquemas de arrecadação ilícita ao grupo do presidente da República. Ele afirma que investigações foram barradas ou dificultadas por procuradores gerais da República, como Geraldo Brindeiro, conhecido como “engavetador-geral da República”, Roberto Gurgel, além do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Os três, em um espaço de dez anos – 2001 e 2011 – não permitiram que fossem investigadas as denúncias de que Temer, como deputado e presidente da Câmara dos Deputados (1997-1998), recebeu propinas pagas por empresas que atuavam no Porto de Santos, desde 1995. A partir daquele ano, na gestão de Fernando Henrique Cardoso na presidência da República (1995/2002), e nos períodos em que o PMDB (1983/1994) e o PSDB (de 1995 aos dias atuais) governaram São Paulo, foi Temer quem indicou os presidentes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). E dela se beneficiou”, escreve em seu blog (leia a íntegra aqui). Enriquecimento – A matéria aponta também o estranho aumento de patrimônio do presidente. Seus bens, segundo dados da Receita Federal, mais que dobraram entre 2006 e 2014. Em 2006 declarou possuir R$ 2,3 milhões, em 2010, R$ 6 milhões e, em 2104, mais de 7,5 milhões de reais. Boa parte das denúncias e de documentos comprometedores sobre propinas de empresas no porto vieram ao acaso, por um processo de divórcio entre a então estudante de psicologia, Erika Santos, e seu então companheiro, Marcelo de Azeredo. Marcelo ocupou cargos públicos desde 1987 por indicação de Temer. Também é acusado de participar da divisão do butim o coronel reformado da PM-SP João Baptista de Lima, ligado a Temer e que recentemente admitiu ter recebido R$ 1 milhão da construtora Engevix. *Por redação, com informações do blog do Marcelo Auler